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VÍDEO: após retirada de lombadas e pardais, Diário flagra abuso de velocidade na descida da Serra

Eduardo Tesch

A ausência de fiscalização eletrônica nas estradas federais no Rio Grande do Sul, por meio de lombadas e pardais, tem preocupado motoristas e, principalmente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Somente na Região Central, 47 pontos de fiscalização deixaram de existir desde o dia 14 de janeiro deste ano, quando foi encerrado o contrato entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Kopp, de Vera Cruz, que tinha a concessão do serviço.

A empresa que substituirá a Kopp e será responsável pela instalação dos novos controladores de velocidade é a Fotosensores Tecnologia Eletrônica, que ganhou a licitação para a instalação dos equipamentos no Estado ao custo de R$ 83 milhões. O problema é que, até agora, não há previsão, por parte do Dnit, de quando os novos equipamentos serão instalados. Até que isso se resolva, as estradas continuarão sem os aparelhos.

- Os controladores eletrônicos estavam instalados em locais sensíveis e de extrema importância para a redução de acidentes. Esse hiato entre a retirada dos equipamentos que funcionavam e a colocação dos novos nos preocupa muito - salienta o chefe da delegacia da PRF em Santa Maria, Héder Macedo.

Caminhoneiro embriagado é detido na BR-158 em Santa Maria

Além dos pardais e lombadas, também foram retiradas as placas que indicavam a velocidade máxima permitida nos trechos fiscalizados. Com isso, o trabalho de autuação da PRF fica dificultado, já que não é permitido aplicar uma multa de excesso de velocidade em locais sem sinalização para motoristas que estejam trafegando a menos de 100 km/h.

- Precisamos da sinalização para conseguir fazer a fiscalização nesses locais com nossos equipamentos portáteis, para que seja mantido um nível mínimo de segurança para os usuários - explica Macedo.

O Dnit informa que está avaliando se os controladores de velocidade serão instalados nos mesmos locais onde existiam. Porém, fontes do órgão em Santa Maria consultados pelo Diário afirmam que a tendência é que esses equipamentos realmente sejam recolocados onde funcionavam. Além disso, não está descartado o aumento do número de equipamentos nas estradas da região.


TRECHO QUE PERDEU LOMBADA REGISTROU UMA MORTE EM SÃO SEPÉ

Nem dois meses se passaram desde que os controladores de velocidade deixaram de existir nas estradas federais gaúchas, mas os reflexos já são visíveis. Na quarta-feira passada, uma professora morreu em um acidente envolvendo dois carros, na BR-392, em São Sepé. Justamente nesse trecho, que fica na entrada da Vila Block, havia um controlador de velocidade que deixou de funcionar com o fim do contrato entre o Dnit e a Kopp. O limite era de 60 km/h.

Em Itaara, onde existiam oito controladores de velocidade em quatro pontos da BR-158, moradores estão preocupados com a alta velocidade que os caminhões cruzam o trecho urbano em direção a Santa Maria.

- É uma questão de segurança. Para mim, a retirada dos pardais e das lombadas foi muito ruim. Os caminhões não respeitam a velocidade, e acaba ficando perigoso para todo mundo - reclama o comerciante Rodrigo Sanfelice, que tem um mercado às margens da rodovia.

O risco, agora, pode aumentar com o início do escoamento da safra de soja, o que deve intensificar o fluxo de caminhões nas estradas gaúchas.

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